quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Elas

Elas...
Aquelas...
Que quando me olham
Levam-me pra perto delas
Todas aquelas,
Que com sua boca me atormentam
Quando a lingua entre os lábios penetram
Elas...
Que passam por vezes sem ao menos olhar
Mas meus pelos ficam todos a se arrepiar...
Só de aquele corpo poder observar
Delas...
Sou todo delas
Aquelas...
Que com seus olhos se mostram dispostas...
Para o sexo a qualquer hora,
Independente da posição que sejam postas
Pois o prazer está presente no aqui e agora
Dentro delas...
Elas...
Que no caminhar de suas mãos pelo meu corpo
Fazem com que me sinta ao menos um pouco,
Objeto de uso e abuso...
Às vezes até descartavel,
Mas não as acuso...
Pois meu sexo, a todo momento se apresenta viável,
Para elas...
Todas aquelas...
que no calor de suas entranhas,
descubro que o amor que sinto...
Por todas elas...
Não são nada mais que aventuras paralelas. 

Festa de Gente

Ontem à noite fui a uma festa
Tinha muita fartura
Muitas pessoas
Pessoas que nem sabiam o porquê de estarem lá
Mas estavam
Todos como crianças sem pais
Esperando pelos mesmos
Como se fossem ficar órfãos para todo o sempre
Procurando uns aos outros
Como conforto
segurança
Pois ali se sentiam nus em meio ao guarda-roupa
O vazio da própria existência
Existência provida da incerteza
Da insegurança
Todos imigrantes
Da primeira dose de tóxico
Aquela a quem confiam seus desejos
Ontem à noite fui a uma festa
tinha muitas pessoas
tinha muitos sorrisos
E muita solidão.