Época de
eleição chegando, candidatos batendo a nossa porta, pedindo café, confiança e
voto. Oferecendo propostas, promessas e promoções. Ruas repletas de cartazes,
banners e carros de som, não há como correr, estamos fadados a tudo isso.
As
crianças têm seus candidatos, e como todo adulto até os motivos de votar em
fulano, cicrano ou beltrano elas sabem dizer, mal sabem elas a sujeira que
corre por debaixo dos tapetes.
No ápice
de sua inocência e de sua despreocupação com a vida e os problemas que cercam a
vida adulta, incentivamos nossos filhos, filhas sobrinhos e alunos a se acharem
no dever de escolherem um candidato? Pode até parecer divertido pra eles, mas
não deveria ser.
A
democracia da à criança o direito de ser criança, a legislação da à criança o
dever de ser criança e criança não vota.
Adulto vota é eleito e se
responsabiliza pelos próprios atos, adulto deveria ter o sentimento de
responsabilidade de uma criança, adulto deveria ter a sensibilidade de uma
criança, adulto deveria lembrar que já foi criança.
E digo
mais, e se cada político pedisse um conselho a uma criança sobre algo que
poderia ser melhorado, e com um pouco de inteligência (um político deve ter)
você perceberá que nos pequenos problemas que uma criança possa te apontar
mesmo sendo na própria vida, você político encontrara alternativas fantásticas
para seu plano de governo.
Se a
criança perante a legislação tem por direito, ser criança, um político eleito
por sua vez tem por obrigação trabalhar, e cumprir com suas promessas, dizeres
e honrar a cada voto que lhe foi dado a aos que não foram também.
Pois
crianças no geral cumprem suas promessas mesmo que estejam interessadas em
algo, adultos e eleitos pelo menos essa consciência deveriam carregar pra si após
as eleições.