A adolescência
aparentemente se mostra uma época fantástica da vida para grande parte das
pessoas que estão passando por ela, festas, badalação, galera, azaração, tudo
que sempre todos queremos e desejamos pra nossa vida, coisas que nos deixem
felizes e sorridentes sempre.
Mas será que
essa felicidade é real? Será que esses sorrisos são verdadeiros?
Na adolescência
sempre buscamos algo mais, algo que venha para nos completar, algo que preencha
um vazio que sentimos e que não sabemos de onde vem. Pois bem seguindo pela
lógica de que se esta vazio é porque falta algo, então procuramos suprir uma
falta em nosso dia a dia; mas que falta é essa? Se estamos em todas as festas com todo mundo e
fazendo como todo mundo faz e sorri porque faz aquilo, então estão felizes não?
Quando adolescentes nos rebelamos
contra a família para lutar por uma pseudo liberdade, um ideal plantado pelos
vícios sociais, para estar em meio a tudo e a todos.
Quando vamos a
todos os lugares, com todas as pessoas e fazemos como todos fazem, nós deixamos
de agir por nós mesmos e por nossas vontades e nos tornamos produto de um
movimento social vago, nos tornamos marionetes do modismo e deixamos de agir
por nós mesmos. Não é por que estamos em meio a multidões, que teremos a todos,
na verdade assim jamais teremos alguém, esse vazio chama-se solidão.
Não cultivamos
amizades verdadeiras em meio a grandes multidões, muito menos agindo por
impulsos e pela regra básica da Maria vai com as outras que é: se todos fazem,
eu também farei. Cultivamos as pessoas sendo autênticos e verdadeiros, com nós
mesmos e com o próximo, cultivamos pessoas com bons papos, uma visita em um dia
de chuva, uma atitude carinhosa, um abraço amigo, um consolo, um beijo, uma
aventura etc.
O conhecimento da sexualidade e
do lado emocional é fundamental para o adolescente, mas que as coisas caminhem
a passos normais e não precipitadamente.
O que mais se vê hoje em dia são
ainda crianças namorando como se fosse um casal adulto, criando uma fabula de
que ali seus problemas serão resolvidos, mas na verdade estão pulando fases da
vida e na maioria das vezes esses relacionamentos terminam de forma desastrosa.
Paixão alguma nasce do nada, pra que algo realmente de certo precisa haver
maturidade, independência intelectual e financeira, amizade, amor. Namorado (a)
algum aos treze anos de idade vai resolver esse problema, esses relacionamentos
acabam caindo em rotina rapidamente e não sobram sentimentos de um bom
relacionamento, só comodismo, status social e costume. A solução esta na
família e amigos, no cativar alguém no dar e receber carinho e amor no saber
escolher o que fazer onde fazer e com quem fazer, no aprender a tomar suas
próprias decisões livres de influencias externas, expressar suas vontades e
opiniões, em dizer não quando achar necessário e sim quando é realmente uma
vontade sua sem medos de julgamentos ou repressão, no ser você mesmo.
O fato de não pensar e analisar
as atitudes e escolhas faz com que cada impulso e decisão precipitada
transformem cada ponta de sonho em um grande erro na vida adolescente, uma vez
que se analisadas a fundo, nenhuma das atitudes e escolhas são realmente deles
e sim de um produto impensado e vicioso de uma sociedade ainda machista e
preconceituosa, onde o ser você mesmo parece ser uma missão impossível, fato
causado pelo medo da repressão alheia principalmente em pequenas sociedades.
Analisar as
coisas e os acontecimentos não faz parte da cadeia intelectual do ser humano,
questionar as próprias decisões antes mesmo de, toma-las e as hipóteses para
certas atitudes que cometeremos, deveria ser ensinado no berço ou até mesmo na
escola, caso contrario a grande maioria dessas cabeças continuarão servindo no
Maximo pra carregar cabelo por toda extensão da vida e se por acaso olhar pra
traz se torne necessário só sobrarão magoas, decepções e arrependimentos.