sábado, 23 de julho de 2011

Pequenos ventos

Pequenos ventos aos assopros
Atravessam nossos poros
Olhos e sentimentos
Como flechas de fatos
Passado, presente
Amores ardentes
Desilusões mortíferas

Pequenos ventos providos
Do arrependimento amargo
Anos mal resolvidos
Por falta de afago
Da felicidade explicita
Em uma entidade ingrata
Vida!

Pequenos ventos de morte
Passam por cadáveres em pé
Que vagam por um planeta distinto
Faminto!
Cobrando por sua respiração
Por sua falta de inspiração

O solitário humano
Animal vegetal
Provido da profundeza vital
Aniquilado por sua dose viral
Vírus mortal

Pequenos ventos
Sopram ao longe o tempo
Nosso tempo de viver
E de amar

terça-feira, 19 de julho de 2011

TARDE

Minha alma espera por algo inexistente, algo sobrenatural.
Minha alma espera por algo insistente, algo viral.
Minha alma espera por algo real, algo evidente.
Minha alma espera por algo leal, algo convincente.

Meu ser espera pela terra que hà de me cobrir
Meu ser espera pela fétida carne que há de me consumir
Meu ser espera pelo véu de flores que hà de me cobrir

Meu cérebro capta atentamente a falta de vida
Meu cérebro capta atentamente a falta de amor
Meu cérebro capta atentamente a falta de clamor
Meu cérebro capta atentamente a falta de louvor

Meu corpo habita demônios
Minha mente habita neurônios
Meu ser habita Hormônios
Minha alma habita.......
Habita.......
Meus pensamentos se tornam errôneos