Estou
morrendo dia após dia, não me assusto mais com esse fato ingrato da própria
vida.
Por
não saber o dia da minha morte, vivo morrendo um dia de cada vez, transformando
a vida em uma doença sem cura e em fase terminal.
Gozo
a cada dia que morre da vida que é levada com as horas que passam rapidamente
por meus poros, matando minhas células lentamente.
Certo
de que, a felicidade não se da através das coisas permanentes e sim do que se
vai, atribuo aos pequenos atos e gestos de afeto que morrem juntamente comigo,
a causa da felicidade que sinto dia após dia.
Ao
olhar a morte como uma doce amiga, percebo que se realmente quero ser feliz,
tenho que recebe – lá em minha vida e considerá-la como ponto de equilíbrio
entre o que amo e a quem amo. A solidão nos mata ainda que vivos.
Não
sinto saudades das coisas que já passei junto a alguém, são meras lembranças
que completam nossa historia, e nos fazem lembrar que um dia já fomos mais
vivos.
Sinto
saudades e sempre sentirei, do que ainda não fiz e de quem ainda não amei, e
que por todo tempo de vida nunca farei e muito menos amarei. Simplesmente,
porque durante a vida eu há de me preocupar, mas com a morte que me vem, mas
ainda não chegou, que com a vida de que vai a cada dia.
Passar
pela vida sem olhar para as pequenas coisas, e considerá-las como grandes, é
chegar até a morte sem ser percebido por ela.
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